segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cinema, o bom cinema

Eu poderia comentar sobre filmes clichês como "Crepúsculo", Obras de Nicholas Spark ou 500 Dias Com Ela, mas eu estou aqui para falar do bom e inocente cinema.
Enfim, eu assisti ao filme brasileiro "Apenas o Fim", eu gostei muito do filme, achei muito legal e fiquei surpreso ao descobrir que ele fora produzido por estudantes da PUC-RJ, eu pensei "Meu santo bebê Jesus, porque o cinema brasileiro não é todo assim..."
Voltando...
Mas Marcos, o que levou você, um autor de um blog literário querer comentar sobre cinema? Uma das coisas que me fez gostar desse filme é o diálogo. As conversas são bem articuladas e não são nada apelativo do tipo "A alça do meu sutiã caiu, vamos ali!", "Mina, tô com drogas aqui, foram essas que vendi para comprar esse colar que tu tas usando", são falas cotidianas que teem algo que te levam a seguir o rumo do filme. E é neste ponto que me lembrei de algo que sempre acabamos esquecendo, em algum momento esses filmes foram livros. Aquele que primeiro é literatura, que encanta apenas ao autor, depois vai à tela para encantar a vários. Essas é uma das grandes vantagens do cinema. Em um livro, o autor pode te dar os personagens, os cenários, as situações e as emoções, mas no cinema ele tem a grande possibilidade de mostrar para você "como ele leria esta história". Essa é a magia do cinema. Bons escritores conseguem não somente criar novas histórias, mas também articulá-las para criar o seu campo de distorção da realidade e fazer-te imergir neles.
Essa coisa toda me fez querer experimentar um pouco mais do cinema independente, estes filmes escritos pelo amor de alguém à profissão não esses encomendados para venderem ingressos vangloriando um zero à esquerda (*cof* Heleno *cof*), é nesse ponto que se pode encontrar os livros e os filmes, quando teem uma verdadeira história para te contar, um verdadeiro sentimento do autor para ser compartilhado.
A arte é em primeiro lugar uma forma de expressão.

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