quarta-feira, 25 de abril de 2012

"Capitães da Areia" por Jorge Amado - A resenha


Capitães da Areia
Jorge Amado
Editora Record
256 páginas
ISBN
: 9788501005304

Um pouco sobre o livro:
A história dos meninos de rua, que povoam e dominam a capital da Bahia, inspirou Jorge Amado no seu sexto romance. Quando foi publicado, em 1937, 800 exemplares do livro foram queimados em praça pública por incitação ao comunismo. Hoje é um clássico.

Resenha
Os “Capitães da Areia” são crianças abandonadas, órfãs, ou que fugiram dos maus-tratos que utilizam o roubo como forma de sobrevivência. Poucas pessoas tem contato com estes meninos, o Padre José Pedro, a mãe de santo Don’Aninha, dentre outros. A população os vê como criminosos e os temem. O livro apresenta, sobretudo, muitas críticas e denúncias. As autoridades e o clero são apresentados como opressores. O reformatório é um grande exemplo de crueldade, sendo para lá que a polícia os encaminha. Apesar de viverem e se comportarem como adultos, o livro enfatiza o fato de eles serem ainda crianças. Furtam, brigam nas ruas, enganam, dormem com prostitutas e chegavam a ferir pessoas. Mas, tomam conta um do outro como irmãos. São apenas garotos desprovidos de carinho e boas condições de vida. Não tiveram escolha senão ingressar precocemente no mundo do roubo.

Embora seja um dos clássicos nacionais, é extremamente fácil de ler. Os Capitães da Areia tem uma linguagem de rua, mas nem isto dificulta o entendimento. As críticas de Jorge Amado são claras e fundamentadas. O autor faz com que as crianças pareçam heróis, cada um não lutando apenas pela sua própria sobrevivência, se preocupando com o próximo e trabalhando em equipe. Além de respeitarem o folclore e a religião, mesmo que nem todos tenham a mesma crença.

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