Capitães da Areia
Jorge Amado
Editora Record
256 páginas
ISBN: 9788501005304
Editora Record
256 páginas
ISBN: 9788501005304
Um
pouco sobre o livro:
A história dos meninos de
rua, que povoam e dominam a capital da Bahia, inspirou Jorge Amado no seu sexto
romance. Quando foi publicado, em 1937, 800 exemplares do livro foram queimados
em praça pública por incitação ao comunismo. Hoje é um clássico.
Resenha
Os “Capitães da Areia”
são crianças abandonadas, órfãs, ou que fugiram dos maus-tratos que utilizam o
roubo como forma de sobrevivência. Poucas pessoas tem contato com estes
meninos, o Padre José Pedro, a mãe de santo Don’Aninha, dentre outros. A
população os vê como criminosos e os temem. O livro apresenta, sobretudo, muitas
críticas e denúncias. As autoridades e o clero são apresentados como opressores.
O reformatório é um grande exemplo de crueldade, sendo para lá que a polícia os
encaminha. Apesar de viverem e se comportarem como adultos, o livro enfatiza o
fato de eles serem ainda crianças. Furtam, brigam nas ruas, enganam, dormem com
prostitutas e chegavam a ferir pessoas. Mas, tomam conta um do outro como
irmãos. São apenas garotos desprovidos de carinho e boas condições de vida. Não
tiveram escolha senão ingressar precocemente no mundo do roubo.
Embora seja um dos
clássicos nacionais, é extremamente fácil de ler. Os Capitães da Areia tem uma
linguagem de rua, mas nem isto dificulta o entendimento. As críticas de Jorge
Amado são claras e fundamentadas. O autor faz com que as crianças pareçam
heróis, cada um não lutando apenas pela sua própria sobrevivência, se
preocupando com o próximo e trabalhando em equipe. Além de respeitarem o
folclore e a religião, mesmo que nem todos tenham a mesma crença.
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