sexta-feira, 13 de maio de 2011

Porque os jovens não leem mais?

Após ler esse post, eu resolvi ajudar a autora do blog respondendo a pergunta que agora entitula este post, e resultou num texto bem grandinho, que eu não queria apenas compartilhar com ela, mas também com vocês. Aqui vai:

Eu pessoalmente comecei a ler quando menor, meu pai e minha mãe são ótimos leitores, sempre os vi com um livro na mão, principalmente antes de dormir. Eu simplesmente fiquei encantado pelos livros e pela leitura, pelo fato de você poder parar num canto e poder entrar em um outro mundo apenas olhando para palavras impressas em vários papéis. Claro que fui vítima, principalmente quando tinha 13 e 14 anos que parei de ler por culpa de vídeo-games e televisão, mas eu não digo que não gosto de TV e essas coisas, mas como todo mortal eu me perco facilmente com isso, mas como leitor eu sei parar para aproveitar uma boa história.

Eu continuo lendo pelos mesmos motivos que li meu primeiro livro. Imaginar. O simples fato que eu tenho de poder ler tudo sobre os personagens, de saber o que passam em suas cabeças, do que estar por vir e de como eles irão encarar sempre me encantaram. São essas coisas que filmes não conseguem passar com movimentos, mas as letras do autor nos alertam. Eu gosto de pensar no cenário, de como os personagens são, e até a sensação de estar presente naquele momento, tudo isso me prende aos livros.

A maioria dos jovens de hoje em dia não leem por culpa de outras atividades mais dinâmicas. Meus pais leram quando eram crianças por se divertirem com isso, era um modo de se distrair, e hoje simplesmente sempre estamos entretidos com nossos gadgets. Mas quando falo nisso, sempre penso na média de leitura de um brasileiro comparado a alguém que viva no hemisfério norte. Apesar de toda tecnologia, porque eles ainda conseguem ler (por média) mais do que nós? Para mim é a educação. Não foi a escola que me incentivou a ler, foram professores a parte, eu não me sentiria atraído por livros de Ariano Suassuna com apenas 10, 11 ou 12 anos de idade, por mais que seja cultura, acho que primeiro temos que encantar os jovens leitores com livros que eles vão gostar e depois, bem mais velhos, mais ou menos a minha idade, 16 anos, podendo ser mais cedo, é que poderíamos dar uns livros pesados. Minha professora de português do 6º e 7º ano (antigo 5ª e 6ª) já dizia isso, e até hoje tenho os livros que ela recomendou para nós que sempre atraíram, um deles não largo mais. Eu li nessa época, livros infantis, Mamulengos, que é daqui de Recife, Perdido na Amazônia por Toni Brandão, li livros assim, brasileiros e simples, não brasileiros do século 18 que me assustam até hoje. Eu acho que aí que se encontra o erro, você convidar uma criança a ler é muito melhor do que assutá-la logo de primeira.

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