sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ansiedade, anxiety, anxiété, ångest

Não, não importa a língua que você escolha, ainda irá soar assustador.

Nesses últimos dias eu estive enfrentando um terrível ataque de provas assassinas voadoras, que primeira atacam sua cabeça depois o cérebro afetando aquela área que guarda sua capacidade de se estabelecer socialmente.

Eu sempre acabo me atrapalhando com os meus horários sem saber o que eu devo dar prioridade e o que eu não devo, criar períodos de tempo para cada tarefa. Parece meio mecânico, mas só o fato de saber que quando o sol vai embora meu horário de estudo acaba já me ajuda muito. Fiquei confuso com meus horários e tal, minhas obrigações começaram a pesar mais e ainda tive que resolver um problema no grupo da feira de ciências que estava me deixando louco. Foi nesse momento que resolvi que devia me estabelecer como um ser único e consistente. Parece loucura, mas foi esse conselho que recebi de um bom amigo.

Percebi que os problemas não se resolveriam por eles mesmos, então eu dei um passo a frente no grupo, resolvi os problemas, e dividi os trabalhos de cada membro para que aliviassem as tarefas dos que estavam se encarregando de tudo e os que estavam se apoiando nos outros.

Logo surge o problema de vista que vem me incomodando extremamente nas últimas semanas. A leitura excessiva parece ter afetado minha vista, e os meus bons genes me empurraram para um par de óculos de lentes de grau fraco apenas para leitura. 0,5 de miopia, quase nada. Eu sou muito ansioso e perfeccionista, e a falta de foco na leitura me atrapalha muito, então toda vez que eu abro um livro eu leio um tempo e pauso, volto a ler de novo e paro. O que só faz adicionar mais dias para um livro que eu leria num curto período de tempo.

Esta ansiedade cresceu, sempre tive problemas com ela. “Ansiedade” era para ser um sentimento, um substantivo abstrato, mas ela se tornou concreta e me incomodava até chegar o limite, o chamado Armagedon. Não sei se só acontece comigo, mas sempre que não aguento uma grande pressão ou uma bola de neve como essas eu “quebro”, descarrego tudo que uma vez estava preso na minha mente para me sentir melhor. Um grito, algumas horas de estresse ou horas de choros soluçados.

Claro que manter essa bola de neve nunca iria me levar a lugar nenhum, uma hora ou outra um novo armagedon aconteceria. Precisava urgentemente distrair minha cabeça e sentar no quarto e ler um bom livro não estava me ajudando mais.

Por isso nesses últimos dias, tornei real um projeto do meu irmão que discutíamos quando estávamos na casa da minha avó. Musculação. O nome soa ridículo quando o combina a mim. Nerd, Bookworm, Sedentário. Mas eu precisava me distrair…

Faz 2 semanas que entrei numa academia logo perto, no bairro das Graças (Recife), ao lado do meu colégio. Me adaptando aos movimentos estranhos e colocando óleo nas minhas juntas enferrujadas pela falta de exercícios. Você sempre acaba lendo que fazer exercícios faz um bem extremo para a saúde, e sempre ri no final se vangloriando por ser sedentário e valorizar seus estudos, mas de nada adiantaria para mim se eu fosse um Juiz bem sucedido que viveria seus 50 anos de idade com problemas terríveis.

Faz um bem danado. Quando vou para a academia é realmente muito bom, o bem-estar que você sente por suar, sentir dor, cansar, tudo isso, é ótimo. Chegar em casa tomar um bom banho de ducha fria para aliviar o corpo. As preocupações vão embora, a cabeça distrai e o corpo agradece.

Não convido nenhum de vocês a entrarem em academias; esta foi simplesmente a solução mais viável para mim, mas os convido a valorizarem mais os exercícios, principalmente para você como eu que sofre com essa vadia chamado “Ansiedade”.

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