sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

[RESENHA] 31 Songs de Nick Hornby

31 Songs
Título Nacional: 31 Canções
Nick Hornby
256 páginas
Editora Penguin Books UK
ISBN-13: 9780141013404
Comprar Livraria Cultura (Português BR) e (English UK Paperback)

Em '31 canções', Hornby investiga a relação entre as músicas e a alma e se dedica a uma de suas atividades preferidas - fazer listas. O autor faz o check list das melodias que marcaram a sua vida - para bem ou para mal. Tem um pouco de tudo. A banda escocesa Teenage Funclub, que já cancelou um show só para poder tocar no lançamento de seus livros, figura na lista duas vezes com Your love is the place where I come from e Ain´t that enough. Tem também clássicos, como Heartbreaker, do Led Zeppelin e Rain, dos Beatles e novas descobertas, como I´m like a bird, de Nelly Furtado e No fun/Push it, mistura das bandas Salt ‘N’ Peppa com The Stooges feita pelo Soulwax, grupo que esteve no Brasil em 2004. Ao contrário de outros trabalhos de Hornby, '31 canções' não é um livro de ficção. Através das canções que marcaram a sua vida o autor conta como foi a sua primeira transa, a primeira viagem para os EUA (um contraste com a Inglaterra deprimida de sua adolescência), os grandes amores, as separações, a paternidade.

Sobre o livro

31 songs foi um livro que me chamou a atenção pelo título, arte da capa e também por ser mais um livro de Nick Hornby, evidentemente meu autor britânico favorito.
Inicialmente eu estava extremamente interessado (e ao mesmo tempo nem tanto) em ler o livro 31 songs, um livro de resenhas de 31 músicas e 14 álbuns; que não parece ser algo tão atraente assim. Mas quando eu li as 3 primeiras músicas eu percebi que o livro não era sobre as músicas, o livro é sobre a vida de Nick Hornby e suas divertidíssimas opiniões.
“Tio Nick” é um bom apreciador da boa música e neste livro ele vai fazendo o uso das músicas para nos falar de seu estranho relacionamento com a música pop, como apreciou o punk e como conheceu várias destas músicas em momentos de dificuldade, de alegria ou de extrema curiosidade. É realmente muito interessante poder ver como Hornby fala de sua vida e suas dificuldades de um jeito tão diferente, eu até diria que poderia ser até um ótimo jeito de associar aquele clássico conhecimento popular que diz que quando vivemos um momento marcante na nossa vida e estamos ouvindo uma música, toda vez que tornarmos a ouvir esta música nos lembraremos daquelas emoções e sentimentos. Mas ainda assim ele não selecionou 31 músicas para falar bem, há algumas em que ele marca pelo fato da alteração da cultura, ou o poder norte-americano e sua preferência pela música britânica.
Assim, neste jeito bem alegre de Hornby eu me encantei facilmente com o livro, e adorei ler sobre seus momentos e suas ideias e antigas vontades e desejos que ele teve.
Deve ser sem dúvidas mais interessante ler o livro quando você conhece as músicas que ele está falando, e não lendo assim avulsamente como eu acabei lendo, mas ainda assim que despertei certa curiosidade sobre algumas bandas ou músicas e pretendo baixá-las assim que possível.
Ótimo livro, vale a leitura.

Citações favoritas

I'm Like a Bird, Nelly Furtado. Página 21. 2º parágrafo.
“Dave Eggers has a theory that we play songs over and over, those of us who do, because we love to 'solve' them, and it's true that in our early relationship with, and courtship of, a new song, there is a stahe which is akin to a sort of emotional puzzlement.”

Franki Teardrop, Suicide/ Ain't That Enough, Teenage Fanclub. Página 75. 2º parágrafo.
“It is important that we are occasionally, perhaps even frequently, depressed by books, challenged by films, shocked by paintings, maybe even disturbed by music. But do they have to do all these things all the time? Can't we let them console, uplift, inspire, move, cheer? Please?”

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