quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Anotações do Semestre

Meu semestre acabou. O 2º período na faculdade ficou para trás assim como o 1º ciclo na universidade, agora eu irei para o 3º período e também irei para o departamento jurídico. Sinto como se eu estivesse realmente começando a universidade.


Este semestre foi muito difícil para mim. Eu me senti terrivelmente "para baixo", nunca me veio nada assim antes. Enquanto que no começo do ano eu me abri ao máximo e apostei todas as fichas nas pessoas novas, neste semestre eu coloquei um pé para trás e decidi me fechar. Eu havia escrito um texto aqui no blog que era mais um pedido de socorro. Eu me diminui aos números, coloquei meu conhecimento em artigos e meu potencial no muro e comparei com os outros. No muro também estava o futuro que eu desejei para mim e comecei a perceber que as minhas grandes expectativas eram tolas.


Comecei ridicularizando aquele "eu" que tinha acabado de se formar no Ensino Médio. Falei para ele que todos os seus esforços não passaram de meras tentativas e que suas ambições eram infantis, assim como suas manias. Ordenei-o que retornasse, meia volta para o passado e que tente corrigir seja lá o que tenha ele feito de errado.


Sem o passado, eu me voltei para o presente. No presente eu olhei para "eu" e o mandei olhar para seus ídolos. Mostrei a ele o quão diferente ele era deles e os ridicularizei. Suas ambições eram fúteis, suas vidas um grande teatro, sua fala uma grande mentira. Ordenei-o que viesse a mim e que olhasse por mim e que não me deixasse ser errado.


Tudo que eu precisei foi me valorizar. Eu acreditei que eu iria conseguir alcançar o que queria sendo cada vez mais exigente. Eu fiz tanto, fiz tanta coisa que eu achei que não valia de nada, haveria outros que estão num caminho melhor do que eu. Mas eu sou diferente sim, eu faço tudo da maneira mais absurda e encaro os fatos da maneira mais errada, mas são meus erros que tornam o que faço especial. Só queria uma aprovação, que olhassem para mim e falassem que eu estava indo bem, mas tudo que precisei foi pensar: VAI À MERDA.


Eu sou o máximo de mim! Pretensão querer admitir mas eu precisava reconhecer para sair da lama. O melhor que eu posso fazer não é superar os outros e sim a mim mesmo. Eu precisei entender que a única coisa a ser superada era "eu".


Eu o agarrei pela manga e o desafiei.


Se querem que eu seja um conjunto de números, que minha experiência na universidade fosse mais nada que um boletim com estatísticas e proporções, então eu decidi escolher somente a mim como oponente. E foi assim que eu acreditei mais em mim.


As provas finais foram bem melhores porque eu pensei "Se eu conseguir fazer melhor, já tá ótimo! Se eu for pior, gente... eu fui muito bem nas provas passadas".


As pessoas têm diversos desafios. Alguns podem achar até tolo que alguém leve seu curso na faculdade tão a sério, mas há quem leve uma amizade a sério, um carro a sério, dinheiro a sério, jogos a sério, bebida a sério ou qualquer outra coisa. Sempre precisamos vencer somente a nós mesmos.


"Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas." (CHBOSKY, Stephen. As Vantagens de Ser Invisível. p. 221)

Nenhum comentário:

Postar um comentário